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segunda-feira, 25 de junho de 2012

ESTUDO DA CÉLULA DO DIA 27 DE JUNHO DE 2012


Nossa Atitude Diante de Deus

Padre Luiz Fernando

Leitura: Lucas 18, 9-14
Salmo: 51 (50)


Introdução: Lendo a parábola de hoje, corremos o risco de perdermos o ensinamento que Jesus nos quer transmitir, porque talvez nos identifiquemos com o personagem errado. Temos certeza que não temos nada a prender com o fariseu antipático, orgulhoso e vaidoso, que despreza os outros e que se julga justo, sem o ser de verdade. Todas as nossas simpatias são para o publicano, que coitado, teve sim alguns deslizes, mas tem um coração de ouro, está arrependido e, portanto, merece o perdão. Assim nos convencermos de que esta parábola é para os outros, para aqueles que, ao invés, não sentem aversão que nós sentimos pelo fariseu. Tentemos, pois, entender bem as coisas, porque a parábola talvez não seja tão simples como pensamos.

MENSAGEM

1 – Quem era o fariseu? – Um hipócrita? Não! Leiamos atentamente os versículos 11-12: era uma pessoa correta, íntegra, honesta. Observa fielmente os preceitos da lei de Deus, evitava todos os pecados (os frutos, as injustiças, os adultérios) e fazia mais do que está escrito na lei. Veja: Levítico 16, 29 – sobre o jejum. Deuteronômio 14, 22-27 – sobre o dízimo.

Procurem alguma falha nesse homem! Nem o próprio Deus conseguiria descobrir nele alguma transgressão! É certo que se sinta envaidecido pela sua retidão e desprezava os pecadores..., masvocês acham que são faltas graves assim? Não tinha, por acaso, mil motivos para sentir-se diferente dos outros? Tomara todos fossem como ele: honestos, justos, irrepreensíveis! Todos nós lhe perdoaríamos generosamente alguma ponta de orgulho.

2 – Quem era o publicano? – De forma alguma era otipo humilde e bondoso que estamos imaginando. Era um ladrão diplomado, um explorador. Não roubava os ricos, mas sangrava os pobres: impunha impostos exorbitantes aos mais pobres dentre os lavradores; aos que não tinham nem o pão para suas crianças. A lei dizia que para se salvar um publicano deveria restituir tudo o que roubou e mais 20% de juros, e, ainda deveria abandonar imediatamente a sua profissão. Condições tão difíceis de serem cumpridas que os rabinos concordavam em afirmar que para os publicanos, a salvação era praticamente impossível. Pelo que sabemos o homem não fez nem uma coisa nem outra. E agora, de que lado estamos?

3 – A sentença de Jesus: - “Eu afirmo a vocês que foi este homem (cobrador de impostos), e não o outro, que voltou para a casa em paz com Deus”. (versículo 14). Não parece injusta a sentença de Jesus? Quem se comportou bem é condenado e o pecador é declarado justo! É uma sentença que inverte todos os nossos critérios de justiça. Como é possível explicar uma coisa dessas? Atenção! A inversão de julgamento não diz respeito ao comportamento moral dos dois. Jesus não afirma que o publicano era bom e o farisei malvado e mentiroso, só afirma que o primeiro “foi justificado” (versículo 14), isto é, tornou-se justo pelo poder de Deus, ao passo que o segundo, voltou para a casa como antes, com suas boas obras, mas sem que Deus conseguisse justificá-lo. Esta é a questão.

Não são as boas obras que nos justificam. Estas são unicamente o sinal que o Senhor justificou. São como frutos que revelam que a árvore está rigorosamente viva. Diante de Deus, o homem está de mãos vazias, não pode exibir nada de si, não possui nada que o torne digno da complacência divina. O fariseu não é uma pessoa má, é só simplória, como uma criança que apresenta ao pai um presente que ganhou e espera, com isso, comprar um presente mais valioso. O publicano não deve ser considerado como um modelo de vida virtuosa. Ele é somente a imagem da única atitude certa que o homem deve assumir diante de Deus. É o pobre que sabe oferecer a Deus só o seu coração. “humilde e arrependido, que – como diz o salmo – o Senhor não despreza” (Salmo 51(50), 19). É o faminto que é saciado de bens, enquanto o rico volta de mãos vazias (Lucas 1, 53).

CONCLUSÃO: A última frase: “Porque quem se engrandece será humilhado, e quem se humilha será engrandecido”. (versículo 14b) parece insinuar que Deus faz desfeitas para quem se comportou melhor do que os outros. Mas não é assim, “quem se exalta” não é orgulhoso, mas aquele que confia nos próprios méritos. Aquele que se achar melhor do que os outros, se não quiser ficar de mãos vazias, deve aceitar ser pequeno, pobre entre os pobres, devedor entre os devedores. Quando tiver assumido essa atitude estará em condições de ser favorecido pelos dons do Espírito Santo, como aconteceu com Maria, a pobre, a humilde serva na qual o Senhor operou obras maravilhosas (Lucas 1, 48-49).

PERGUNTAS
1) Qual atitude devemos ter diante de Deus, para receber seu perdão e seus dons?
2) Como podemos nos tornar humildes diante de Deus?

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Conta a história que certa vez um soldado de Napoleão Bonaparte, empolgado com as conquistas do grande imperador da frança, lhe disse:
- Imperador, pode fundar a nossa religião e a nossa igreja. Estamos prontos a Seguir sua majestade.
Ao que Napoleão lhe terá respondido: - Filho, para alguém inaugurar uma religião e fundar uma igreja, precisa de duas coisas: primeiro, morrer numa cruz; segundo, ressuscitar ao terceiro dia. A primeira eu não quero e a segunda eu não posso; então, pára com esta estória de fundar uma igreja e uma religião.

Salientamos que Napoleão não era bom católico, tanto assim que foi o primeiro imperador que não aceitou ser coroado pelo Papa, quando este era o costume da época, e mais, mandou prender o Papa Pio VI, e depois, o Papa Pio VII, quando este não quis concordar com o divórcio do seu irmão Jerônimo.

(Citação do livro POR QUE SOU CATÓLICO? do Professor Felipe Aquino)

domingo, 17 de junho de 2012

ESTUDO DA CÉLULA DO DIA 20 DE JUNHO DE 2012


O Poder do Louvor

Padre Luiz Fernando

Leitura: Atos 16, 16-26
Salmo: 111 (110)


Introdução: Louvar é elevar a voz com gratidão, declarar as maravilhas de Deus e o Seu amor, por meio de hinos e orações. Em determinados momentos da vida, a última coisa que pensamos é louvar. Talvez porque nossa mente anda ocupada com problemas para resolver, nosso coração esteja triste,deprimido ou magoado, ou então, estejamos irritados ou passando por dificuldades. Mas não foi justamente em uma situação extremamente difícil que encontramos Paulo e Silas louvando a Deus? Acredito que muitas pessoas estranhariam, hoje, um homem louvar a Deus na prisão. Aliás, na opinião dos homens “sensatos”, lugar de louvor é na Igreja e nas ocasiões propícias. Ex: formatura, bodas de ouro, etc...

A BÍBLIA MOSTRA O CONTRÁRIO

1º- Onde estiver um cristão, ali é o lugar de louvor: “Mais ou menos á meia-noite, Paulo e Silas estavam orando e cantando hinos a Deus, e os outros presos escutavam”. (versículo 25). O louvor é demonstração de alegria e gratidão por Deus. Paulo não louvava somente quando estava com os irmãos nas reuniões da Igreja. Veja em que local interessante encontramos Paulo louvando: dentro da prisão. Eu posso e devo louvar a Deus em casa, no trabalho (ainda que estes ambientes estejam péssimos), em qualquer lugar.

2º – O louvor é uma forma bela e suave de falar com Deus: “Mais ou menos à meia-noite, Paulo e Silas estavam orando e cantando hinos a Deus, e os outros presam escutavam”. O louvor testemunha a Palavra de Deus e Seus feitos. Muitas pessoas são atraídas pelo louvor, especialmente em forma de música, e são alcançadas pelo poder de Deus. O louvor liberta. No caso de Paulo e Silas, Deus operou uma tremenda maravilha: abriu a prisão e provou o Seu poder.

3º – O louvor liberta de todas as prisões: “De repente, o chão tremeu tanto, que abalou os alicerces da cadeia. Naquele instante todas as portas se abriram,as correntes que prendiam os presos se arrebentaram”. (versículos 26). O louvor liberta você também de prisões como da indiferença, frieza e solidão. O Espírito de Deus habita no meio dos louvores;o coração de um cristão que louva a Deus se enche de alegria, paz e harmonia, concedidas pelo derramamento do poder de Deus. A experiência de louvar em situações diversas leva o cristão a testemunhar a outras pessoas a sua alegria e confiança no Deus a Quem serve. Paulo agiu dessa maneira e o senhor honrou a sua fé. Você está feliz? Cante louvores! Estápassando por momentos difíceis? Louve ao Senhor! Não tem motivos para louvar? Tem certeza? Então, louve ao Senhor para que Ele lhe mostre.Paulo via em sua vida motivos para louvar e isso incluiu todas as perseguições, lutas, naufrágios, tribulações e perigos. Inclui também libertações, curas, provisão e salvação.

Conclusão – Louvor é a linguagem do cristão:murmuração é a linguagem do diabo. O cristão que louva é um cristão que será louvado.Inclua bastante louvor (musicas ou salmos) em sua reunião de célula.Não faça da reunião celular um “muro de lamentações”, mas um lugar de louvor e você verá que muralhas cairão e cadeias serão despedaçadas. O louvor coloca Jesus no centro, e não os nossos problemas. Faça a experiência do louvor!

PERGUNTAS
1) Você é uma pessoa de louvor ou um(a) resmungador(a)?
2) Sua célula gasta mais tempo louvando ou falando dos problemas?

sexta-feira, 15 de junho de 2012

ESTUDO DA CÉLULA DO DIA 13 DE JUNHO DE 2012


Como Chegar onde Deus quer?

Padre Luiz Fernando

Salmo: Lucas 1, 68-79 (Benedictus)
Leitura: Salmo 119 (118) 25-40


O Salmo 118 nos faz o convite para entregarmos nosso caminho a Deus e trilharmos os Seus caminhos. Para isso precisamos:

1 – Permitir a Deus mudar o nosso caminho: “Não me deixes seguir o caminho errado; com a tua bondade, ensina-me a tua lei” (versículo 29)

Deus é educado, Ele espera nossa permissão para agir em nossa vida,porém é preciso deixar que Deus nos conduza por onde Ele quiser. O caminho do coração, das emoções e as vezes ainda da razão é perigoso, escuro e incerto. “Há caminhos que parecem certos, mas podem acabar levando à morte”. (Provérbios 14, 12)

O convite de Deus a todos nós é que cheguemos onde Ele quer, para que Ele possa revelar grandes coisas a nós, para isso, precisamos confiar a Ele tudo o que diz respeito á nossa vida. “Ponha a sua vida nas mãos do SENHOR; confie nele, e ele o ajudará” (Salmo 37,5)

2 – Permitir que Deus nos ensine a andar nos seus caminhos: “Ó SENHOR Deus, ensina-me a entender as suas leis, e eu sempre as seguirei” (versículo 33)

Nós necessitamos ser ensinados por Deus.

Através da sua Palavra, pois ser ensinável é uma das características do discípulo de Jesus. E Deus em sua bondade nos ensina o Seu caminho. Uma vez que estamos sendo ensinados por Deus, precisamos andar nos seus caminhos, pois estamos em uma caminhada. Uma coisa é eu saber o caminho que me leva ao Rio de Janeiro, outra coisa é eu entrar por este caminho e chegar lá. A Palavra de Deus nos ensina o caminho da vida. A Palavra de Deus é a verdade, mas cuidado, pois Satanás, vai tentar nos enganar através de falsas doutrinas, e nos desviará para caminhos que nos conduzem ao precipício (Veja II Timóteo 4, 3-4).

3 – Desviar-se do mal para preservar nos caminhos do Senhor: “Não me deixes pensar em coisas sem valor; sê bondoso para comigo, como prometeste” (versículo 37)

Quem quiser preservar nos caminhos de Deus deve travar uma luta contra o mal: “Porque na luta contra o pecado vocês ainda não tiveram de até a morte” (Hebreus 12, 4)

É preciso lutar, fugindo das ocasiões do pecado:

·         Da aparência do mal – I Tessalonicenses 5, 22.

·         Da prostituição – I Coríntios 6, 18.

·         Da idolatria – (apego aos bens e pessoas) I Coríntios 10, 14.

·         Do amor ao dinheiro – I Timóteo 6, 9-11.

Não devemos permitir que o pecado por menor que pareça ser,mortal ou venial, estabeleça-se em nossa vida sem ser combatido, pois ele nos tornará escravos. “Todo homem que se entrega ao pecado é seu escravo” (João 8, 34).



CONCLUSÃO: Deus quer que você voe alto, que seja grande, que seja cabeça e não cauda, que você seja um líder de verdade, alguém que possa fazer a diferença neste mundo e que não seja apenas mais um. Permita que Ele mude os seus passos e Ele te ensinará a chegar onde Ele quer.

PERGUNTAS

1)    Você tem certeza que está onde Deus quer?

2)    Se você ainda não está, o que está faltando?

terça-feira, 5 de junho de 2012

ESTUDO DA CÉLULA EM 06 DE JUNHO DE 2012


O Amor da Trindade

Padre Luiz Fernando

Leitura: Jo 16, 12-15
Salmo: 150


A leitura do Evangelho de hoje nos fala da Santíssima Trindade, não para nos propor um quebra-cabeça (de que maneira um pode ser igual a três?), mas para nos revelar o amor de Deus, para nos mostrar seu plano de Salvação. A Trindade do Amor, pois é isto que caracteriza a Trindade, o amor de uma pessoa para com a outra, é a carteira de identidade dos cristãos: no discípulo de Jesus deve estar refletida a face de Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo. A marca da Trindade pode ser identificada na comunidade cristã (paróquia), quando todos, mesmo os que se desgarram bastante, sintam-se bem aceitos, estimados, valorizados; quando as alegrias e tristezas sejam partilhadas, quando as diferenças não sejam eliminadas em nome da unidade, mas sejam consideradas um enriquecimento.

Nossas células, pequenas partes da Paróquia, devem revelar a vida comunitária que existe na Trindade. Assim como o Pai ama o Filho e o Espírito, e vice-versa, nós devemos nos amar de maneira concreta. Quando ouvimos alguem, aconselhamos um irmão(ã) dentro da célula, ou somente estamos com os outros, pois estar com alguém é uma grande prova de amor, veja por exemplo, a presença em um hospital ou velório: nós estamos amando. O amor não é sentimento mas ação: “Filhinhos, não amemos de palavra e com a boca, mas com obras e de verdade”. (I João 3, 18). Percebe-se o sinal da Trindade nas famílias, onde há diálogo, amor, colaboração. Percebe-se também o sinal da Trindade, onde o verdadeiro amor está presente. Nós, cristãos, não devemos ser conhecidos por nosso linguajar, símbolos, roupas e templo, mas pelo amor que concretamente demonstramos, este é o nosso maior testemunho e sinal de pertença a Deus, pois fomos batizados, isto é, mergulhados no amor de Deus (ver Romanos 5,5), fazemos constantemente o sinal da cruz invocando o Pai, o Filho e o Espirito Santo, para que o deus uno e trino, venha habitar em nós e por meio de sua força possamos amar verdadeiramente.

GLÓRIA AO PAI, AO FILHO E AO ESPÍRITO SANTO.

PERGUNTAS
1) Como podemos mostrar nossa fé na Santíssima Trindade? (Lembre-se Deus é amor)
2) Você acha que como célula, precisamos amar mais? Como?