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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Estudo da Celula

Confessem os seus pecados uns aos outros

Série: Uns aos Outros – Ensino XIV - Tema: Confessem os seus pecados uns aos outros

Leitura = Tiago | 5,16 Salmo= 50(51)

À Igreja que se reúne nas casas, paz!

Introdução: Todos somos fracos e por vezes, ofendemos e machucamos os outros. Por vezes ofendemos um (a) irmão (ã) de célula por querer e sem querer. Quando percebo que ofendi alguém ou até a célula inteira, o que eu faço? Faço de conta que não houve nada, fingindo que não sei porque o relacionamento piorou? Justifico-me ou reconheço o meu pecado, para que os relacionamentos prejudicados sejam curados e restabelecidos. A Palavra de Deus ordena: “ Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e façam oração uns pelos outros para que vocês sejam curados” (Tiago 5, 16).
Nos versículos anteriores a esse mandamento, Tiago de Jerusalém (não é o apostolo, mas o bispo de Jerusalém) diz que se houver alguém doente entre os membros da Igreja, os presbíteros (padres) deverão ser chamados para orar pelo doente e ouvir sua confissão para que o doente se restabeleça e seus pecados sejam perdoados. Nem toda doença é resultado de algum pecado, mas somos um todo: corpo (soma), mente (psique) e espírito (pneuma) e cada parte do nosso ser está interligada e, portanto, uma parte afeta a outra. Muitas vezes a quebra do relacionamento com Deus ou com algumas pessoas pode afetar nosso físico, causando enfermidade. Nesse caso o doente precisa confessar seus pecados e receber a oração (declaração do perdão e da cura). Aqui aparece claramente o sacramento da penitência, mas o mandamento se amplia quando o (a) discípulo(a) tenha:
1 – … ofendido um (a) irmão (ã) em Cristo, quebrando o relacionamento fraternal e causando ressentimento (Mateus 5,23-24). Nesse caso, o ofensor deve confessar seu pecado e pedir perdão unicamente a esse (a) irmão (ã) (Mateus 18,15);
2 – …sido aconselhado pelos líderes da célula, da supervisão, da rede ou da Igreja  que tenham autoridade sobre ele (a) (Mateus 18,16; Tito 3,10-11). Ele (a) deve confessar a esses líderes e também a qualquer pessoa que saiba ter sido prejudicada pelo pecado em questão;
3 – …cometido algum pecado que tenha prejudicado a paz, a unidade ou o testemunho público da célula inteira. Nesse caso, deve confessar seu pecado a toda célula, sob orientação dos líderes (Efésios 4,3; I Timóteo 5,19; Mateus 18,17);
4 – Quando queira a ajuda do líder ou de alguém comprovadamente maduro (a) na fé e discreto (a), para superar determinada prática pecaminosa. A Bíblia não manda especificamente  que se faça isto, mas tal uso da confissão pode trazer resultados benéficos, dentro de uma amizade caracterizada por mútua confiança e prestação de contas.

O que é confissão de pecados?
É reconhecer em comunicação com outros cristãos, os pecados e as faltas cometidas. Esse reconhecimento verbal é sinal externo da nossa tristeza interna pela ofensa cometida. A confissão deve levar o (a) penitente à mudança de vida e atitude e à reconciliação com Deus e com os irmãos.

Como podemos viver este mandamento?
1 – Saber que a confissão dos pecados leva o (a) cristão (ã) ao crescimento espiritual e à maturidade humana;
2 – Cada cristão (ã) deve tomar a iniciativa de lidar com seus pecados. Deve examinar, regularmente, à luz das Escrituras, a sua vida e os seus relacionamentos com os irmãos, a fim de descobrir se está culpado (a) de alguma ofensa que precise de confissão (I Coríntios 11,31-32; II Coríntios 13,5);
3 – A confissão dos pecados pede o arrependimento, isto é, o desejo e a ação de abandono do pecado. A confissão aos irmãos (os casos, para que isso aconteça já foi exposto no estudo) mostra que a pessoa deseja e precisa do auxílio e cooperação dos irmãos;
4 – O cristão que confessa seus pecados não mostra a fraqueza, mas sim força, pois deseja conduzir sua vida na vontade de Deus e na orientação do Espírito Santo;
5 – Àqueles a quem o (a) irmão (ã) confessa os seus pecados (às vezes toda a célula) devem orar por ele (a) e perdoá-lo (a) (Lucas 17,4; Tiago 5,16);
6 – Nunca comentar o pecado de alguém com os outros. Se preciso for, corrija o irmão (ã) que pecou  falando direto com ele (a) e perdoando-o (a).


Esclarecimentos
1 – Confessar aos irmãos (célula, discipulador, aquele (a) que foi ofendido (a)) não é o mesmo que sacramento da penitência! Na Igreja Católica, o sacerdote é o único ministro para administrá-lo. Confessar aos irmãos não exclui o sacramento da penitência;
2 – Não é necessário, nem aconselhável, que os pecados sejam confessados  (nem mesmo no sacramento da penitência) com riquezas de detalhes. Davi no Salmo 50(51) não inclui os detalhes de seu adultério, motivo de pedir perdão a Deus;
3 – A célula inteira só deve ser envolvida para ouvir uma confissão em última instância. O ideal é que uma ou três pessoas saibam do pecado (veja Mateus 18,15-18).

Conclusão: Todo cristão deve esforçar-se ao máximo para não pecar contra os irmãos, mas quando, apesar de tudo, tais pecados forem cometidos, o certo é que o (a) culpado (a) procure reconciliar-se com o (a) ofendido (a), pela confissão. Dessa maneira o (a) irmão (ã) é restaurado (a), a paz da célula é garantida e o bom testemunho diante do mundo é garantido.

Perguntas
1) Você é corajoso (a) suficientemente para confessar os seus pecados, quando erra?
2) Qual o pecado mais “grave” que alguém poderia cometer contra uma célula?
3) Você ama a sua célula e deseja colaborar com ela e com seu líder em tudo o que ela precisar?

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