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segunda-feira, 26 de março de 2012

ESTUDO DA CÉLULA DO DIA 28 DE MARÇO DE 2012

Queremos ver Jesus e nos comprometermos com Ele
(V Domingo da Quaresma)
Padre Luiz Fernando
Leitura: João 12, 20-33
Salmo: 51 (50)


Introdução: A medida que a Quaresma vai chegando à meta, torna-se iminente a Paixão do Senhor. Hoje é o próprio Senhor quem fala da Sua Paixão, por meio do Evangelho de João,apresentando-a como mistério de Sua glorificação e obediência à vontade do Pai. É provocado o diálogo pelopedido de alguns gregos desejosos de verem Jesus. Este grupo de estrangeiros que haviam se convertido a religião judaica tinham ouvido falar em Jesus. Recorrem, esntão, a Felipe e este falou com André e, os dois, levaram a solicitação de Jesus (vv. 20-22).
O fato em si parece bastante comum, mas para João assume um sentido simbólico e importante, que traz uma mensagem para nós. Vejamos:
1.    “VER JESUS” não significa somente “contemplá-lo com os olhos”, mas quer dizer “conhecê-Lo em profundidade”, conhecer Seu caráter, pensamentos, desejos; querer penetrar no íntimo da Sua pessoa. Será que conhecemos Jesus assim? Ou somente O conhecemos de ouvir falar “superficialmente”?
2.    A primeira frese do Evangelho: “ENTRE O POVO QUE TINHA IDO A JERUSALÉM...” (Versículo 20), leva-nos a supor que esses não judeus tenham percorrido um longo caminho espiritual, antes de sentirem a necessidade de “encontrar” Jesus. Que caminho?
Eram gregos, pagãos, que antes acreditavam em vários deuses e entregavam-se as práticas supersticiosas; um dia porém, conheceram o Deus dos judeus, acreditaram Nele e aceitaram a religião judaica, por isso, estavam em Jerusalém, para celebrarem a pessoa hebraica. Qual o caminho que percorremospara chegar a Jesus? Será que também nós, tivemos que abandonar superstições, vícios e a vida sem sentido que levávamos? Viemos para a célula, para as missas, mas agora está na hora de um verdadeiro “encontro” com Jesus.
3.    Os estrangeiros não se dirigiam diretamente a Jesus, mas a seus discípulos, porque esta é a única possibilidade que existia para encontrá-lo. E veja que interessante: não recorreram a qualquer um dos apóstolos, mas se dirigiam a Felipe e André, os únicos entre os 12 que têm um nome grego, pois se identificaram com eles. Não é esse o proprósito da evangelização OIKOS (evangelização por meio de relacionamentos pré-existentes)? Não é por isso que nossas células cresceram em número? Temos que aproveitar nossos relacionamentos, para conduzirmos as pessoas a Jesus, pois pode ser que, ao contrário, nunca O encontrem. Participar de uma célula é conhecer a Cristo, tornar-se Seu discípulo e comprometer-se com a missão de “buscar” outros. Se uma célula não for missionária, esta célula não é composta de verdadeiros discípulos de Cristo, é um “clube de amigos(as)”.
4.    Por último, Jesus faz alusão ao grão de trigo, que cai na terra, morre e produz frutos, como símbolo da vida entregue aos irmãos (vv. 24-25). Para Cristo o discípulo atinge o ponto mais alto da realização da sua vida quando se entrega à morte por amor a seus irmãos. O grão de trigo “morto” pelo poder dos raios do sol que o aquece, reaparece multiplicado por 100 numa espiga.Jesus convida a todos nós, discípulos  em células, imitarmos o gesto prudente do agricultor, que se priva da semente. Diz a eles para não terem medo de perder a própria vida, porque quem morre por amor entra na glória de Deus! A doação é diária: em casa, no trabalho,no serviço pastoral, na célula, etc.
É preciso também dizer que uma célula saudável precisa morrer, “deixar os amigos(as)”, para multiplicar, caso contrário ela “morre” de verdade, pois uma célula que não cumpre a sua vocação multiplicadora, com o tempo, perde seu sentido. Jesus transmite coragem aos seus discípulos, enfrentando a morte primeiro e mostrando que, quem doa a si mesmo por amor, chega à ressurreição.

PERGUNTAS
1) Você já “viu” Jesus?
2) Sua vida é como um grão de trigo, que “morre” para amar os outros?
3)Sua célula tem consciência de ser missionária?

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